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O chef

O chef

 

Giancarlo Marcheggiani é um artesão da cozinha, um chefe que fica mais à vontade cercado pelas panelas do que em badalações sociais. Meio tímido, modesto em excesso ele foi se firmando no seu Ponte Vecchio (1990-1994) e acabou marcando, direta e indiretamente, a

Cozinha italiana moderna de São Paulo.

Marcheggiani fez toda sua carreira na cozinha. Ele nasceu em Orvieto, mas foi com alguns meses para Pontassieve, perto de Florença, no coração da zona de produção de vinho Chianti Punto, onde passou a infância. Uma região tranqüila, muito bonita e com uma cozinha bem simples, camponesa,  que sabe usar com sabedoria os muitos produtos típicos da terra, sem grandes luxos ou exageros. Na cozinha toscana, como arte, a sofisticação da simplicidade.

Marcheggiani , um pouco sem jeito, diz que não gostava muito de estudar e resolveu ser cozinheiro. Assim, depois da escola básica e obrigatória, foi para o Instituto Alberghero Aurélio Saffi, em Florença, onde passou quatro anos. Aprendeu os segredos básicos da profissão e sofreu enormemente com as aulas em francês e inglês.

Na época, ele morava numa espécie de pensionato de padres e aproveitava os verões para estágios profissionais em hotéis e restaurantes das estações de férias, como Forte de Marmi, Viareggio e Ronta. Os estágios eram duros e os estudantes pegavam mesmo no batente, cozinhavam efetivamente. Com dezessete anos, assumiu seu primeiro cargo de responsabilidade, o de “segundo” auxiliar de chefe no Batelli , de Ronta.

Já formado e à espera da convocação para o serviço militar obrigatório, Giancarlo trabalhou por alguns meses na Villa de Rondine, um hotel-restaurante nas imediações de Florença. Não fosse pelos últimos dois  meses, o serviço militar para Giancarlo, num quartel perto de Ancona, teria sido tranqüilo, pois continuou em seu ambiente, uma vez que foi designado para a cozinha dos oficiais. Assim, passou mais tempo às voltas com panelas do que com armas. Mas a sua companhia foi enviada para uma missão de paz na conflagrada Beirute e Giancarlo pôde ver que a guerra real era muito diferente da mostrada no cinema.

De volta à vida civil, retornou ao Villa de Rondine e depois, junto com outros jovens cozinheiros, foi para o Il Bazarrino, que ficava no centro de Florença, perto de Duomo, onde ficou dois anos. O restaurante foi montado pelo famoso cantor italiano Gino Paoli e foi lá que ele conheceu Alessandro Franceschetti, que viria ser o dono do La Vecchia Cucina, no qual trabalharia muito tempo.

Giancarlo Marcheggiani teve a oportunidade de trabalhar com Cesare Giacone, um dos nomes mais famosos da cozinha italiana, um cozinheiro muito criativo, que marcou a nuova cucina da Itália com suas preparações nada ortodoxas. Posteriormente, trabalhou também no Il Cacciatore, em Alabareto Torri, e no Ântica Posta , de Imola.

Finalmente, no La Vecchia Cucina de Florença. Onde ficou por oito anos e que acabou marcado profundamente sua carreira profissional e pessoal. No início, ele era praticamente o único na cozinha, agia como se fosse o dono e cuidava de quase tudo.

Depois, o restaurante foi crescendo, ganhando fama e Giancarlo, passou a ter companhia na cozinha: muitos estagiários japoneses, alguns dos quais hoje chefes de sucesso em seu país, e o jovem brasileiro Sérgio Arno, que depois viria a montar um restaurante com o mesmo nome em São Paulo e que acabou contribuindo para a vinda de Giancarlo para o Brasil. Com o jovem brasileiro Fernando Miceli, Giancarlo trabalhou num outro restaurante, o La Vecchia Cucina in Chianti.

Giancarlo Marcheggiani começou a freqüentar o Brasil e São Paulo a partir de 1988.

Ele vinha para as férias, para rápidos festivais e passagens pela cozinha do La Vecchia Cucina de Sérgio Arno e outras atividades. Numa dessas viagens, Giancarlo conheceu sua mulher , Regina e a idéia de ir para São Paulo e montar um restaurante foi crescendo.

Giancarlo chegou a São Paulo no dia 25 de outubro de 1990, data do seu aniversário, e pensava em montar um restaurante em sociedade com Sérgio Arno, a idéia não foi para a frente e Giancarlo abriu o Ponte Vecchio (inaugurado em abril de 1991), num sobradinho minúsculo da rua Bandeira Paulista. O restaurante era realmente muito apertado, modesto e ele tinha de fazer muita ginástica para fazer as massas no térreo e os pratos do cardápio, numa minúscula cozinha ao lado do salão. Apesar de todos esses fatores, a casa foi se firmando. Muita gente enfrentava esses inconvenientes para provar a sua cozinha.

Cerca de um ano e meio depois, surgiu a oportunidade de se mudar para o prédio vizinho, na esquina com a Pedroso Alvarenga. Também um ponto não muito grande, um sobrado, no qual Giancarlo montou o bar no térreo e o salão, em forma de L, no andar superior.

A abertura do mercado, a possibilidade de trabalhar com ingredientes importados, foi bastante benéfica para o Ponte Vecchio e também para todos os restaurantes de classe de São Paulo. Afinal Giancarlo poderia voltar a trabalhar com muitos ingredientes com os quais estava mais acostumado. O restaurante se consolidou.

O começo foi difícil, sobretudo pela falta de espaço e pela pouca intimidade com os ingredientes nacionais, mas, aos poucos, os problemas foram sendo resolvidos e o talento do chef foi fazendo fama e a casa também. Em 1993 o Ponte Vecchio é eleito o "Restaurante do Ano" pelo Guia Quatro Rodas, a mais importante premiação da época, e o sucesso se consolidou.

 

Em 1996, porém, as constantes crises econômicas do País fizeram o chef desistir de ser empresário e ele fechou o restaurante. Logo em seguida, o empresário Otávio Piva de Albuquerque, dono da Expand Importadora, o convidou para trabalhar no Empório Santa Maria e gerenciar a parte gastronômica da Expand. Mas ele gostava mesmo era de trabalhar em restaurante e embora meio assustado com o tamanho, não relutou em aceitar o convite do Terraço Itália para chefiar sua consagrada cozinha. Assim, desde julho de 1997, ele foi o responsável pelas delícias servidas no belo e tradicional restaurante paulistano, verdadeiro cartão de visitas da cidade.

 

Ele pode não ser dos mais luxuosos e badalados, mas certamente sua cozinha, no qual convivem a tradição e a criatividade, é umas das melhores de São Paulo, onde no Forneria Babbo Adelio ele tem o prazer de estar entre os clientes servindo-os no requintado Buffet Italiano.

 

 

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